História de São Jorge

Imagem de São Jorge São Jorge nasceu na Capadócia no ano de 280. No final do século III, o cristão Jorge trocou a Capadócia, na Turquia, pela Palestina, vindo a ingressar no exército de Diocleciano. Jorge logo se destacou, sendo elevado a conde e depois a tribuno militar. Tudo ia bem, até que as perseguições aos seguidores de Cristo reiniciaram. O rapaz não quis negar sua fé, fazendo com que Diocleciano se sentisse traído. O imperador, então, condenou-o às mais terríveis torturas. E Jorge consegiu vencer a todas elas.

Suportando uma dor atrás da outra, o filho da Capadócia suportou as lanças dos soldados, permaneceu firme sob o peso de uma imensa pedra, obteve a cicatrização imediata das navalhadas que recebeu e resistiu ao calor de uma fornalha de cal. A cada vitória sobre as torturas, Jorge ia convertendo mais e mais soldados.

O imperador, contrariado, chamou um mago para acabar com a força de Jorge. O santo tomou duas poções e, mesmo assim, manteve-se firme e vivo. O feiticeiro juntou-se à lista dos convertidos, assim como a própria esposa do imperador.

Estas duas últimas “traições” levaram Diocleciano a mandar degolar o ex-soldado em 23 de abril de 303. Conta-se ainda que o bravo militar matou um dragão para salvar a filha do rei de Selena e todos os habitantes desta cidade Líbia. Lenda ou realidade, o fato é que São Jorge nos lembra que todos nós temos algum desafio a vencer nesta vida, seja o nosso orgulho, o nosso egoísmo ou mesmo problemas que nos afetam no dia-a-dia. Como ele, devemos permanecer fortes e corajosos, independentes dos desafios que a vida nos traga. Assim, como Jorge, havemos de vencer.

  • Sincretismo de São Jorge: Ogún-RJ / Oxôssi-BA
  • Devoção de São Jorge: Protetor dos perseguidos por espíritos maus e falsos amigos.
  • Data Comemorativa: 23 de Abril

História de Santo Expedito

Imagem de Santo Expedito Santo Expedito foi martirizado na Armênia. Ele era militar, foi decapitado no dia 19 de abril de 303, sob o imperador Dioclesiano, que subira ao trono de Roma em 284. Ele levava uma vida devassa; mas um dia, tocado pela graça de Deus, resolveu mudar de vida. Foi então que lhe apareceu o Espírito do mal, em forma de corvo, e lhe segredou “cras….! cras….! cras….!” palavra latina que quer dizer: amanhã…! amanhã…! amanhã…!, isto é deixe para amanhã! Não tenha pressa! Adie sua conversão!

Mas Santo Expedito, pisoteando o corvo, esmagou-o, gritando: HODIE! Quer dizer: HOJE! Nada de protelações! É pra já!

É por isto que o Santo Expedito é invocado nos casos que exige solução imediata, nos negócios em que qualquer demora poderia causar prejuízo.

No Brasil, sobretudo, Santo Expedito é invocado nos negócios e dificuldades da vida. conhecido como “o santo das causas urgentes”.

Santo Expedito não adia seu auxílio para amanhã.  Ele atende sua ajuda hoje mesmo, ou na hora em que precisamos de sua ajuda. Mas ele espera que também nós não deixemos para amanhã nossa conversão.

A tradição apresenta Santo Expedito como sendo o chefe da 12ª Legião Romana, cognominada “Fulminante”: nome dado em memória de uma façanha que se tornou célebre.

Essa legião localizava-se em Melitene, sede de uma das províncias romanas da Armênia. Era formanda em sua maioria por soldados cristãos, sendo sua função primordial defender as fronteiras orientais contra os ataques dos bárbaros asiáticos.

Santo Expedito destacou-se no comando dessa legião por suas virtudes de cristão e de chefe ligado a sua religião, a seu dever, à ordem e à disciplina.

  • Sincretismo de Santo Expedito: Logunêdê
  • Devoção de Santo Expedito: É o Santo  dos  negócios  que  precisam  de  pronta solução e cuja invocação nunca é tardia, além de ser o protetor dos estudantes.
  • Data Comemorativa: 19 de Abril

História de Irmã Dulce

Imagem de Irmã DulceIrmã Dulce nasceu em Salvador, no dia 26 de maio de 1914. Seu nome de batismo é Maria Rita Lopes Pontes, filha de Augusto Lopes Pontes e Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes. Quando criança rezava muito e pedia sinais a Santo Antônio se deveria seguir a vida religiosa.

Em 1927, Ela se manifesta, pela primeira vez, a vontade de entrar para o convento. Desde os treze anos ajudando mendigos, enfermos e desvalidos. Até que aos 18 anos seu pai aceitou a idéia de sua filha tornar-se freira.

Em 1932, recebe o diploma de professora, pela Escola Normal da Bahia. Um ano mais tarde ingressa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição das Mães de Deus, do Convento de São Cristóvão, em Sergipe.

Em 15 de agosto de 1934, faz os votos de profissão de fé religiosa. Em homenagem a sua mãe recebe o nome de Irmã Dulce. Após tornar-se freira, é enviada novamente a Salvador, para trabalhar como enfermeira voluntária no Sanatório Espanhol por 3 meses.

Irmã Dulce abrigava as pessoas doentes em casas arrombadas, ela também transformou o galinheiro de um convento num albergue para pobres.

A Associação Obras Sociais Irmã Dulce foi fundada em 26 de maio de 1959, e instalada em 15 de agosto de 1959, data em que a Irmã Dulce recebeu o estatuto de fundação, de caráter filantrópico, e elaborado pelo seu pai.

Em 1980, Irmã Dulce tem o seu primeiro encontro com o Papa João Paulo II. Fundou o Círculo Operário da Bahia, que além de escola de ofícios, proporcionava atividades culturais e recreativas. Quase não comia e não dormia. Os sacrifícios resultavam felicidade. Queria morrer junto aos pobres.

Faleceu em 13 de março de 1992, aos 77 anos, no Convento Santo Antônio, depois de passar 16 meses internada. Desde então a sua obra passou a ser dirigida pela sua sobrinha, Maria Rita Lopes Pontes.

  • Sincretismo de Irmã Dulce: Não há
  • Devoção de Irmã Dulce: Culto popular.
  • Data Comemorativa: 13 de Agosto

História de São Judas Tadeu

Imagem de São Judas Tadeu SÃO JUDAS TADEU é natural da Cañá da Galiléia, na Palestina. O que realmente deve ser valorizado em sua vida, e que merece destaque, é o fato de ser ele um dos Doze, escolhido pessoalmente por Jesus Cristo. Seu nome consta na lista dos doze apóstolos: “Simão, a quem também deu o nome de Pedro, e seu irmão andré; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota; Judas filho de Tiago, e Judas Iscariotes, aquele que se tornou traidor”(Lc6,12-16).

Ele presenciou muitos milagres realizados por Jesus, participou da instituição da euxaristia na última ceia, testemunhou a morte, ressurreição e ascensão do Senhor.

Seu território de evangelização foram a Galiléia, Samaria, Iduméia, Síria, Mesopotâmia, Armênia e Pérsia. Escreveu uma das cartas do Novo testamento.

No ano 70, foi martirizado de modo cruel, violento e desumano; morrendo a golpes de machado, desferidos por sacerdotes pagãos, por se recusar a prestar culto à deusa Diana.

Devido ao seu martírio, São Judas Tadeu é representado em suas imagens/estátuas segurando um livro, simbolizando a palavra que anunciou, e uma machadinha, o instrumento de seu martírio.

Suas relíquias atualmente são veneradas na Basílica de São Pedro, em Roma. Sua festa litúrgica celebra-se, todos os anos, na provável data de sua morte: 28 de outubro de 70.

No Brasil a devoção a São Judas Tadeu iniciou pelos anos 40, com a fundação da paróquia são Judas Tadeu, no bairro Jabaquara, em São Paulo. Ele é invocado pelos Fiéis, sobretudo nos casos desesperados ou de urgente necessidade.

  • Sincretismo de São Judas Tadeu: Não há
  • Devoção de São Judas Tadeu: É o santo das causas impossíveis.
  • Data Comemorativa: 28 de Outubro

História de São Bartolomeu

Imagem de São Bartolomeu São Bartolomeu, filho de Tholmai, é um dos doze apóstolos. Muitos o identificam com Natanael, mencionado em João 1,45ss.: Jesus viu Natanael vindo até ele e disse a seu respeito: “Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fraude”. Natanael exclamou: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”. Jesus lhe respondeu: “Crês só porque te disse: ‘Eu te vi sob a figueira’? Verás coisas maiores do que essas”

Além de João, Mateus, Marcos, Lucas, os Atos referem-se a ele como um dos Doze.

Uma antiga tradição armênia afirma: O apóstolo Bartolomeu, que era da Galiléia, foi para a Índia. Pregou aquele povo a verdade do Senhor Jesus segundo o  Evangelho de São Mateus. Depois que naquela região converteu muitos a Cristo, sustentando não poucas fadigas e superando muitas dificuldades, passou para a Armênia Maior, onde levou a fé cristã ao rei Polímio, a sua esposa e a mais de doze cidades.

Essas conversões, no entanto, provocaram uma enorme inveja dos sacerdotes locais, que por meio do irmão rei Polímio conseguiram a ordem de tirar a pele de Bartolomeu e depois decapitá-lo.

  • Sincretismo de São Bartolomeu: Oxumaré
  • Devoção de São Bartolomeu: São Bartolomeu que comandais os tufões, os furacões e todos os tipos de tempestades.
  • Data Comemorativa: 24 de Agosto

História de Frei Damião

Imagem de Frei Damião Frei Damião, nasceu em Bozzano, norte da Itália, no dia 05 de Novembro de 1898, filho de camponeses, seu nome de batismo é Pio Giannotti. Começou sua formação religiosa aos 12 anos, quando foi estudar num colégio de padres. O sonho de ordenar-se sacerdote foi adiado, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial. Aos 19 anos foi prestar serviço militar no Exército italiano, onde ficou até aos 22 anos, participando inclusive da Guerra.

Voltou para o seminário e ordenou-se padre aos 23 anos, dois anos mais tarde, diplomou-se em Teologia Dogmática, Filosofia e Direito Canônico pela Universidade Gregoriana. Antes de ir para o Brasil, lecionou e dirigiu por cinco anos vários conventos.

Pertencente à Ordem dos Capuchinhos, em 1931 recebeu a tarefa de ir para o Brasil. Ao chegar, Frei Damião foi para o Convento de São Félix (Recife-PE), que acabara de ser construído e onde viveu até a sua morte.

Apesar de possuir um carregado sotaque, muitas vezes não era compreendido, Frei Damião conquistou a simpatia dos mais pobres. Acompanhado de outro frade, Fernando Rossi, organizou missões que percorreram quase todas as cidades do Nordeste. Costumava chegar à localidade escolhida às segundas-feiras no final da tarde. Às quatro da manhã de terça-feira, ainda na escuridão, a multidão já se comprimia para ver a procissão.

A primeira missa era celebrada às cinco. Uma hora mais tarde ele iniciava a sua pregação. Eis uma sintese do seu pensamento: “No inferno o calor é bilhões de vezes pior que no Nordeste. As labaredas sobem e queimam sem parar o  corpo dos adúlteros, das prostitutas, dos afeminados e dos criminosos”, dizia com a voz rouca, quase inaudível. O dia continuava com outras missas, a reza do terço e as confissões, que duravam até a meia-noite.

Para o povo nordestino, a santidade de Frei Damião era provada por seus milagres, nunca reconhecidos pela Igreja Católica. Frei Damião era considerado sucessor de outro grande “santo brasileiro”: Padre Cícero.

Em 1991, o Instituto de Teologia  do Recife catalogou 80 relatos de milagres que lhe foram atribuídos.

Desde 1993 a saúde de Frei Damião, que tinha problemas respiratórios, começou a ficar mais debilitada, o que o levou a diversas hospitalizações até à sua morte, no dia 27 de maio de 1997 com 98 anos, depois de ter dedicado 76 anos de sua vida a perigrinar pelas regiões mais pobres do Nordeste. O seu sepultamento foi no Convento dos Capuchinhos, no bairro de Pina, em Recife. Em  2002, ao completar cinco anos de sua morte, o Vaticano deu início ao processo de sua canonização.

Frei Damião era devoto de Nossa Senhora das Graças.

  • Sincretismo de Frei Damião: Não há
  • Devoção de Frei Damião: Culto Popular
  • Data Comemorativa: 27 de Maio

História de Santo Antônio

Imagem de Santo Antônio Fernando de Bulhões (verdadeiro nome de Santo Antônio), nasceu em Lisboa em 15 de agosto de 1195, numa família de posses. Aos 15 anos entrou para um convento agostiniano, primeiro em Lisboa e depois em Coimbra, onde provavelmente se ordenou. Em 1220 trocou o nome para Antônio e ingressou na Ordem Franciscana, na esperança de, a exemplo dos mártires, pregar aos sarracenos no Marrocos. Após um ano de catequese nesse país, teve de deixá-lo devido a uma enfermidade e seguiu para a Itália.

Indicado professor de teologia pelo próprio são Francisco de Assis, lecionou nas universidades de Bolonha, Toulouse, Montpellier, Puy-en-Velay e Pádua, adquirindo grande renome como orador sacro no sul da França e na Itália. Ficaram célebres os sermões que proferiu em Forli, Provença, Languedoc e Paris. Em todos esses lugares suas prédicas encontravam forte eco popular, pois lhe eram atribuídos feitos prodigiosos, o que contribuía para o crescimento de sua fama de santidade.

A saúde sempre precária levou-o a recolher-se ao convento de Arcella, perto de Pádua, onde escreveu uma série de sermões para domingos e dias santificados, alguns dos quais seriam reunidos e publicados entre 1895 e 1913. Dentro da Ordem Franciscana, Antônio liderou um grupo que se insurgiu contra os abrandamentos introduzidos na regra pelo superior Elias.

Após uma crise de hidropisia (Acúmulo patológico de líquido seroso no tecido celular ou em cavidades do corpo). Antônio morreu a caminho de Pádua em 13 de junho de 1231. Foi canonizado em 13 de maio de 1232 (apenas 11 meses depois de sua morte) pelo papa Gregório IX.

A profundidade dos textos doutrinários de santo Antônio fez com que em 1946 o papa Pio XII o declarasse doutor da igreja. No entanto, o monge franciscano conhecido como santo Antônio de Pádua ou de Lisboa tem sido, ao longo dos séculos, objeto de grande devoção popular.

Sua veneração é muito difundida nos países latinos, principalmente em Portugal e no Brasil. Padroeiro dos pobres e casamenteiro, é invocado também para o encontro de objetos perdidos. Sobre seu túmulo, em Pádua, foi construída a basílica a ele dedicada.

  • Sincretismo de Santo Antônio: Exu-RJ / Ogun-BA
  • Devoção de Santo Antônio: Padroeiro dos pobres, santo casamenteiro, sempre sendo invocado para se achar objetos perdidos. É também Patrono dos Aflitos.
  • Data Comemorativa: 13 de Junho.

História de São Isidoro

Imagem de Santo Isidoro São Isidoro foi arcebispo de Sevilha, considerado um dos grandes eruditos e o primeiro dos grandes compiladores medievais. Sua obra influenciou largamente toda a produção intelectual na Espanha medieval.

Isidoro nasceu na cidade de Cartagena, Espanha, de uma família influente que foi crucial para as manobras político-religiosas que levaram os reis visigodos a converter-se do arianismo ao catolicismo. Diversos de seus familiares foram canonizados; Isidoro sucedeu como bispo católico de Sevilha seu irmão Leandro, o qual se opusera ao rei visigodo ariano Leovigildo; seu irmão mais novo, Fulgêncio, também recebeu uma diocese no início do reinado do católico rei Recaredo; e sua irmã, Florentina, tornou-se abadessa responsável por quarenta conventos.

Foi canonizado em 1598, e em 1722 o papa Inocêncio XIII o declarou Doutor da Igreja.

  • Sincretismo de São Isidoro: Não há
  • Devoção de São Isidoro:  É considerado, hoje, patrono dos bons usuários da Internet.
  • Data Comemorativa: 4 de Abril.

História da Santa Ana

Imagem da Santa Ana Na Sagrada Escritura conta-se que a mãe de Samuel, Ana, na aflição da esterelidade que lhe tirava o privilégio da maternidade, dirigiu-se com fervorosa oração ao Senhor e fez promessa de consagrar ao serviço de Deus o futuro filho. Obtida a graça, após ter dado à luz o pequeno Samuel, levou-o a Silo, onde estava guardada a arca da aliança e o confiou ao sacerdote Eli, após tê-lo oferecido ao Senhor. Tomando isso como ponto de partida o Proto-evangelho de Tiago, apócrifo do século segundo, traça a história de Joaquim e Ana, pais da Bem-aventurada Virgem Maria. A piedosa esposa de Joaquim, após longa esterelidade obteve do Senhor o nascimento de Maria, que aos três anos levou ao Templo, deixando-a ao serviço divino, cumprindo o voto feito.

O fundamento histórico provável, embora na discordante literatura apócrifa, é de algum modo revestido de elementos secundários, copiados da história da mãe de Samuel. Faltando no Evangelho qualquer menção dos pais de Nossa Senhora, não há outra fonte senão os apócrifos, nos quais não é impossivel encontrar, entre os predominantes elementos fantásticos, alguma informação autêntica, recolhida por antigas tradições orais. O culto para com os santos pais da Bem-aventurada Virgem é muito antigo, sobre os gregos sobretudo. No Oriente venerava-se santa Ana no século VI, e tal devoção estendeu-se lentamente por todo o Ocidente a partir do século X até atingir o seu máximo desenvolvimento no século XV. Em 1584 foi instituida a festividade de santa Ana, enquanto são Joaquim era deixado discretamente de lado, talvez pela própria discordância sobre o seu nome que se revela em outros escritos apócrifos, posteriores ao Proto-evangelho de Tiago.

Além do nome de Joaquim, ao pai da Virgem Santíssima é dado o nome de Cléofas, de Sadoc e de Eli. Os dois santos eram comemorados separadamente: santa Ana a 25 de Julho pelos gregos e no dia seguinte pelos latinos. Em 1584 também são Joaquim achou espaço no calendário litúrgico, primeiro a 20 de março, para passar ao domingo da oitava Assunção em 1738, em seguida a 16 de agosto em 1913 e depois reunir-se com a santa esposa no novo calendário litúrgico, no dia 26 de julho. “Pelos frutos conhecereis a árvore,” disse Jesus no Evangelho. Nós conhecemos a flor e o fruto suavíssimo vindo da velha planta: A Virgem Imaculada, isenta do pecado de origem desde o primeiro instante de sua concepção, por um privilégio único, para ser depois o tabernáculo vivo do Deus feito homem. Pela santidade do fruto, Maria, deduzimos a santidade dos pais, Ana e Joaquim.

  • Sincretismo da Santa Ana: Nãnã
  • Devoção da Santa Ana: Padroeira dos avós.
  • Data Comemorativa: 26 de Julho.

História da Santa Rita de Cássia

Imagem de Santa Rita de Cássia Santa Rita de Cássia ou Santa dos Impossíveis, como é geralmente conhecida a grande advogada dos aflitos, nasceu em Rocca Porena, a uma légua de Cássia (Itália), aos 22 de maio de 1381, tendo por Antônio Mancini e Amada Ferri.

O Nascimento da Santa foi precedido por sinais maravilhosos e visões celestiais que fizeram seus pais perceberem algo da futura e providencial missão de Rita, que seria colocada no mundo para instrumento da miserircórdia de Deus em favor da humanidade sofredora. Seus biógrafos igualmente falam de mansas abelhinhas que lhe visitavam com freqüência o berço, chegando mesmo a fabricarem em seus lábios um pequeno favo de mel, sem que disto lhe viesse mal algum; feliz prenúncio da admirável mansidão que é uma das características de nossa Santa.

Desde a primeira idade acaletava Rita o desejo de se consagrar exclusivamente a Deus, pelos santos votos de Religião, mas a Providência divina tem seus desígnios misteriosos sobre a Santa que é levada por seus pais a abraçar o estado matrimonial. Aos 16 anos, aproximadamente, desposa o jovem Paulo Ferdinando, de gênio leviano e excessivamente violento, e que lhe vai amargurar os primeiros anos dos dezoito que se presume haver levado em matrimônio.

A futura protetora dos aflitos deveria ser também modelo da mulher cristã, da esposa fiel, dedicada e forte porque deve advir a conversão para o esposo, mesmo que este lhe seja infiel… A Santa soube sofrer com paciência todas as contradições, e pela oração, espírito de brandura e penitência , conseguiu ver triunfar a causa de Deus e brilhar o sol da caridade que tantas bençãos atrai para o lar santificado pelo sacramento do Matrimônio, porquanto Paulo não tardou a trilhar o bom caminho.

Viúva pelo bárbaro assassinato do esposo, empregou a Santa sua viuvez em obras de caridade e na educação de seus 2 filhos gêmeos, os quais, no entanto, viu morrer mui prematuramente aos 14 anos de idade. Particularmente é de notar a grande caridade de Rita ao perdoar com extremos de generosidade os assassinos de seu desventurado esposo.

Livre dos laços que a prendiam ao mundo, Rita deseja realizar os santos propósitos da juventude, mas quantas dificuldades não seria necessário vencer!… A condição de viúva e outros escolhos tornavam infrutíferas suas tentativas e, por mais de uma vez, viu que se lhe fechavam as portas do Convento. Destinada para ser a grande advogada das causas difíceis, a Santa deveria enfrentar muitas dificuldades; redobra então as orações e penitências, armas com que conquistaria a vitória almejada. Seus santos Patronos, São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino alcançam-lhe de Deus a graça por que tanto suspirava e fazem-na entrar milagrosamente no Convento das Agostinianas de Cássia, alta hora da madrugada, contando Santa Rita 36 anos de idade.

A vida religiosa foi para Santa Rita ocasião de novos e gigantescos acréscimos de virtude e contínua ascensão para Deus. Levara uma vida eminentemente penitente; a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e as dores da Santíssima Virgem eram objetos contínuo dos enlevos de seu coração, e quantas graças de santificação pessoal, de conversão para os pecadores e alívio para as benditas almas do Purgatório não lhe concederia o Esposo divino!…

Os pecadores e as santas almas merecem sempre as melhores atenções de Santa Rita.
A vida santa que levava quando ainda estava no século e a entrada maravilhosa no Convento haviam despertado primeiro ano de vida religiosa é logo assinalado por outro fato que veio confirmar e realçar ainda mais a alta santidade da humildade Agostiniana; um sarmento seco de videira, que por obediência e humildade a Santa deveria regar todos os dias, transforma-se em planta viva e, ainda hoje, pode ser admirado no Convento de Cássia produzindo frutos saborosos com o nome de Videira de Santa Rita.

Não ficariam nestas as distinções do Nosso Senhor para com a fiel devota de sua Paixão. Pelo ano de 1442, estando a Santa em oração diante da imagem de Jesus Crucificado, recebe um Espírito da dolorosa Coroa do Salvador, o qual deixou aberto e visível a todos uma chaga que não se fechou senão com a morte da Santa, excetuando-se o período do Ano Santo de 1450, quando para poder ir lucrar em Roma o Jubileu, alcançou de Nosso Senhor se lhe fechasse temporariamente a chaga, muito embora continuasse a sofrer as mesmas e cruciantes dores.

Esta ferida era de tal modo fétida, que a obrigou a retirar-se do seio da Comunidade, não sem grandes motivos de humilhação, que a Santa Rita soube aproveitar para mais se unir a Deus e redobrar as penitências.

Quantas lições não nos oferece essa vida tão santa e ao mesmo tempo tão sofredora!… Realmente o sofrimento é uma escola de perfeição e união com Deus; Nosso Senhor Jesus Cristo mesmo insinua está verdade quando afirma que, se alguém quer ser seu dicípulo, tome a cruz da penitência e da renúncia das paixões e, então, O siga…

A vida de Santa Rita é uma formal reprovação da vida frouxa e dissipada de muitos que se dizem cristãos, mas que desprezam a Cruz de Nosso Senhor…

Igualmente falam-nos os biógrafos de rigorosos jejuns da Santa. Muitas e muitas vezes e durante dias e dias permanecia Santa Rita sem outro alimento que não a Sagrada Comunhão, particularmente nos últimos quatro anos de sua preciosa existência. Esse período da vida da Santa assinala-se por muitos fatos extraordinários. Uma doença misteriosa invade o seu corpo já tão macerado por duras penitências. Multiplicaram-se as graças de conversões; são luzes e confortos que a Santa distribui em profusão aos que a procuram…

Nesse tempo é que se realiza o milagre das rosas e figos, tão conhecido dos devotos de Santa Rita. A Santa passava por uma das grandes provações quando foi visitar uma de suas parentes a quem a santa enferma pediu que lhe trouxesse algumas rosas de seu antigo jardim de Rocca Porena.

Estavam em pleno inverno, fora de estação própria, mas qual não foi a admiração da senhora ao chegar em casa, por ver algumas das roseiras que outrora pertenceram à Santa, todas floridas, e carregadas de sazonados frutos a velha figueira do pomar. Essas rosas e esses figos foram remetidos à Santa que muito se confortou, vendo nesse fato uma prova das delicadezas de Nosso Senhor para com seus sofrimentos.

Tais prodígios mostram-nos quão agradável foi a Deus o peregrinar de nossa Santa aqui na terra, e as bênçãos e graças de escol, que Santa Rita continua a dispensar aos seus devotos, falam bem claramente de como ela sabe aplicar em favor dos que sofrem seus méritos inconfundíveis.

Verdadeiramente é Santa Rita a Advogada dos aflitos, ou, como geralmente é conhecida, a Santa dos Impossíveis… Explicam esses fatos o piedoso costume de enfeitarem a imagem da Santa, particularmente no dia de sua Festa, com rosas, figos, cachos de uvas e abelhas. A Santa Igreja mesma parece querer perpetuar o milagre das rosas, aprovando a Bênção das Rosas que se faz no dia da Festa ou no dia 22 de cada mês, para alívio dos enfermos.

Finalmente, com 78 anos de idade e 40 de vida religiosa, faleceu Santa Rita em Cássia, no velho Convento das Agostinianas, no dia 22 de maio de 1457, recreada com visões celestiais e depois de ter recebido com muita piedade os últimos Sacramentos.
A fama de santa que já gozava em vida aumentou ainda mais depois de seu piedoso trânsito, confirmando-se por novos milagres que Deus Nosso Senhor operava por intercessão de sua fiel serva.

Documentos de 1485 falam já de seu culto conhecido e Propagado em toda a Diocese de Espoleto a que pertencia Cássia. Em 1628, o Papa Urbano VIII autorizava o culto de Beata para toda a Ordem Agostiniana, um ano antes aprovado para a Diocese de Espoleto e, entre os motivos, apresenta o fato de existir em Cássia, desde 1577, uma igreja em honra da Bem-aventurada Rita. Em 1655, também Roma dedica uma igreja à memória da Beata.

A Canonização da Santa deu-se a 24 de maio de 1900, pelo imortal Pontífice Leão XIII.

  • Sincretismo da Santa Rita de Cássia: Não há.
  • Devoção da Santa Rita de Cássia: Invocada em casos impossíveis e desesperados.
  • Data Comemorativa: 22 de Maio.