Salmo 123: Solicitude por auxílio divino

Cântico de romagem

  1. A ti, que habitas nos céus, elevo os olhos!
  2. Como os olhos dos servos estão fitos nas mãos dos seus senhores, e os olhos da serva, na mão de sua senhora, assim os nossos olhos estão fitos no SENHOR, nosso Deus, até que se compadeça de nós.
  3. Tem misericórdia de nós, SENHOR, tem misericórdia; pois estamos sobremodo fartos de desprezo.
  4. A nossa alma está saturada do escárnio dos que estão à sua vontade e do desprezo dos soberbos.

Salmo 70: Petição por auxílio divino

Ao mestre de canto. De Davi. Em memória.

  1. Praza-te, ó Deus, em livrar-me; dá-te pressa, ó SENHOR, em socorrer-me.
  2. Sejam envergonhados e cobertos de vexame os que me demandam a vida; tornem atrás e cubram-se de ignomínia os que se comprazem no meu mal.
  3. Retrocedam por causa da sua ignomínia os que dizem: Bem-feito! Bem-feito!
  4. Folguem e em ti se rejubilem todos os que te buscam; e os que amam a tua salvação digam sempre: Deus seja magnificado!
  5. Eu sou pobre e necessitado; ó Deus, apressa-te em valer-me, pois tu és o meu amparo e o meu libertador. SENHOR, não te detenhas!

Salmo 54: Apelo para o socorro divino

Ao mestre de canto. Salmo didático. Para instrumentos de cordas. De Davi, quando os zifeus vieram dizer a Saul: Não está Davi homiziado entre nós?

  1. Ó Deus, salva-me, pelo teu nome, e faze-me justiça, pelo teu poder.
  2. Escuta, ó Deus, a minha oração, dá ouvidos às palavras da minha boca.
  3. Pois contra mim se levantam os insolentes, e os violentos procuram tirar-me a vida; não têm Deus diante de si.
  4. Eis que Deus é o meu ajudador, o SENHOR é quem me sustenta a vida.
  5. Ele retribuirá o mal aos meus opressores; por tua fidelidade dá cabo deles.
  6. Oferecer-te-ei voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome, ó SENHOR, porque é bom.
  7. Pois me livrou de todas as tribulações; e os meus olhos se enchem com a ruína dos meus inimigos.

Provérbio: A justiça e o juízo divino

  1. Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR; este, segundo o seu querer, o inclina.
  2. Todo caminho do homem é reto aos seus próprios olhos, mas o SENHOR sonda os corações.
  3. Exercitar justiça e juízo é mais aceitável ao SENHOR do que sacrifício.
  4. Olhar altivo e coração orgulhoso, a lâmpada dos perversos, são pecado.
  5. Os planos do diligente tendem à abundância, mas a pressa excessiva, à pobreza.
  6. Trabalhar por adquirir tesouro com língua falsa é vaidade e laço mortal.
  7. A violência dos perversos os arrebata, porque recusam praticar a justiça.
  8. Tortuoso é o caminho do homem carregado de culpa, mas reto, o proceder do honesto.
  9. Melhor é morar no canto do eirado do que junto com a mulher rixosa na mesma casa.
  10. A alma do perverso deseja o mal; nem o seu vizinho recebe dele compaixão.
  11. Quando o escarnecedor é castigado, o simples se torna sábio; e, quando o sábio é instruído, recebe o conhecimento.
  12. O Justo considera a casa dos perversos e os arrasta para o mal.
  13. O que tapa o ouvido ao clamor do pobre também clamará e não será ouvido.
  14. O presente que se dá em segredo abate a ira, e a dádiva em sigilo, uma forte indignação.
  15. Praticar a justiça é alegria para o justo, mas espanto, para os que praticam a iniqüidade.
  16. O homem que se desvia do caminho do entendimento na congregação dos mortos repousará.
  17. Quem ama os prazeres empobrecerá, quem ama o vinho e o azeite jamais enriquecerá.
  18. O perverso serve de resgate para o justo; e, para os retos, o pérfido.
  19. Melhor é morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa e iracunda.
  20. Tesouro desejável e azeite há na casa do sábio, mas o homem insensato os desperdiça.
  21. O que segue a justiça e a bondade achará a vida, a justiça e a honra.
  22. O sábio escala a cidade dos valentes e derriba a fortaleza em que ela confia.
  23. O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias.
  24. Quanto ao soberbo e presumido, zombador é seu nome; procede com indignação e arrogância.
  25. O preguiçoso morre desejando, porque as suas mãos recusam trabalhar.
  26. O cobiçoso cobiça todo o dia, mas o justo dá e nada retém.
  27. O sacrifício dos perversos já é abominação; quanto mais oferecendo-o com intenção maligna!
  28. A testemunha falsa perecerá, mas a auricular falará sem ser contestada.
  29. O homem perverso mostra dureza no rosto, mas o reto considera o seu caminho.
  30. Não há sabedoria, nem inteligência, nem mesmo conselho contra o SENHOR.
  31. O cavalo prepara-se para o dia da batalha, mas a vitória vem do SENHOR.

Salmo 44: Apelo por auxílio divino

Ao mestre de canto. Dos filhos de Corá. Salmo didático.

  1. Ouvimos, ó Deus, com os próprios ouvidos; nossos pais nos têm contado o que outrora fizeste, em seus dias.
  2. Como por tuas próprias mãos desapossaste as nações e os estabeleceste; oprimiste os povos e aos pais deste largueza.
  3. Pois não foi por sua espada que possuíram a terra, nem foi o seu braço que lhes deu vitória, e sim a tua destra, e o teu braço, e o fulgor do teu rosto, porque te agradaste deles.
  4. Tu és o meu rei, ó Deus; ordena a vitória de Jacó.
  5. Com o teu auxílio, vencemos os nossos inimigos; em teu nome, calcamos aos pés os que se levantam contra nós.
  6. Não confio no meu arco, e não é a minha espada que me salva.
  7. Pois tu nos salvaste dos nossos inimigos e cobriste de vergonha os que nos odeiam.
  8. Em Deus, nos temos gloriado continuamente e para sempre louvaremos o teu nome.
  9. Agora, porém, tu nos lançaste fora, e nos expuseste à vergonha, e já não sais com os nossos exércitos.
  10. Tu nos fazes bater em retirada à vista dos nossos inimigos, e os que nos odeiam nos tomam por seu despojo.
  11. Entregaste-nos como ovelhas para o corte e nos espalhaste entre as nações.
  12. Vendes por um nada o teu povo e nada lucras com o seu preço.
  13. Tu nos fazes opróbrio dos nossos vizinhos, escárnio e zombaria aos que nos rodeiam.
  14. Pões-nos por ditado entre as nações, alvo de meneios de cabeça entre os povos.
  15. A minha ignomínia está sempre diante de mim; cobre-se de vergonha o meu rosto,
  16. ante os gritos do que afronta e blasfema, à vista do inimigo e do vingador.
  17. Tudo isso nos sobreveio; entretanto, não nos esquecemos de ti, nem fomos infiéis à tua aliança.
  18. Não tornou atrás o nosso coração, nem se desviaram os nossos passos dos teus caminhos,
  19. para nos esmagares onde vivem os chacais e nos envolveres com as sombras da morte.
  20. Se tivéssemos esquecido o nome do nosso Deus ou tivéssemos estendido as mãos a deus estranho,
  21. porventura, não o teria atinado Deus, ele, que conhece os segredos dos corações?
  22. Mas, por amor de ti, somos entregues à morte continuamente, somos considerados como ovelhas para o matadouro.
  23. Desperta! Por que dormes, Senhor? Desperta! Não nos rejeites para sempre!
  24. Por que escondes a face e te esqueces da nossa miséria e da nossa opressão?
  25. Pois a nossa alma está abatida até ao pó, e o nosso corpo, como que pegado no chão.
  26. Levanta-te para socorrer-nos e resgata-nos por amor da tua benignidade.

Salmo 36: Malícia humana e benignidade divina

Ao mestre de canto. De Davi, servo do Senhor.

  1. Há no coração do ímpio a voz da transgressão; não há temor de Deus diante de seus olhos.
  2. Porque a transgressão o lisonjeia a seus olhos e lhe diz que a sua iniqüidade não há de ser descoberta, nem detestada.
  3. As palavras de sua boca são malícia e dolo; abjurou o discernimento e a prática do bem.
  4. No seu leito, maquina a perversidade, detém-se em caminho que não é bom, não se despega do mal.
  5. A tua benignidade, SENHOR, chega até aos céus, até às nuvens, a tua fidelidade.
  6. A tua justiça é como as montanhas de Deus; os teus juízos, como um abismo profundo. Tu, SENHOR, preservas os homens e os animais.
  7. Como é preciosa, ó Deus, a tua benignidade! Por isso, os filhos dos homens se acolhem à sombra das tuas asas.
  8. Fartam-se da abundância da tua casa, e na torrente das tuas delícias lhes dás de beber.
  9. Pois em ti está o manancial da vida; na tua luz, vemos a luz.
  10. Continua a tua benignidade aos que te conhecem, e a tua justiça, aos retos de coração.
  11. Não me calque o pé da insolência, nem me repila a mão dos ímpios.
  12. Tombaram os obreiros da iniqüidade; estão derruídos e já não podem levantar-se.

Salmo 25: Oração por auxílio divino

Salmo de Davi

  1. A ti, SENHOR, elevo a minha alma.
  2. Deus meu, em ti confio; não seja eu envergonhado, nem exultem sobre mim os meus inimigos.
  3. Com efeito, dos que em ti esperam, ninguém será envergonhado; envergonhados serão os que, sem causa, procedem traiçoeiramente.
  4. Faze-me, SENHOR, conhecer os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas.
  5. Guia-me na tua verdade e ensina-me, pois tu és o Deus da minha salvação, em quem eu espero todo o dia.
  6. Lembra-te, SENHOR, das tuas misericórdias e das tuas bondades, que são desde a eternidade.
  7. Não te lembres dos meus pecados da mocidade, nem das minhas transgressões. Lembra-te de mim, segundo a tua misericórdia, por causa da tua bondade, ó SENHOR.
  8. Bom e reto é o SENHOR, por isso, aponta o caminho aos pecadores.
  9. Guia os humildes na justiça e ensina aos mansos o seu caminho.
  10. Todas as veredas do SENHOR são misericórdia e verdade para os que guardam a sua aliança e os seus testemunhos.
  11. Por causa do teu nome, SENHOR, perdoa a minha iniqüidade, que é grande.
  12. Ao homem que teme ao SENHOR, ele o instruirá no caminho que deve escolher.
  13. Na prosperidade repousará a sua alma, e a sua descendência herdará a terra.
  14. A intimidade do SENHOR é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança.
  15. Os meus olhos se elevam continuamente ao SENHOR, pois ele me tirará os pés do laço.
  16. Volta-te para mim e tem compaixão, porque estou sozinho e aflito.
  17. Alivia-me as tribulações do coração; tira-me das minhas angústias.
  18. Considera as minhas aflições e o meu sofrimento e perdoa todos os meus pecados.
  19. Considera os meus inimigos, pois são muitos e me abominam com ódio cruel.
  20. Guarda-me a alma e livra-me; não seja eu envergonhado, pois em ti me refugio.
  21. Preservem-me a sinceridade e a retidão, porque em ti espero.
  22. Ó Deus, redime a Israel de todas as suas tribulações.