História da Santa Luzia

Imagem da Santa Luzia Protetora contra as doenças dos olhos. É invocada no cânon da santa missa. De nobre origem, nasceu em Siracusa, Itália. Após a morte do pai, sua mãe adoeceu e Santa Luzia organizou uma romaria ao túmulo de Santa Águeda, famosa por seus milagres. Foi então que Santa Águeda manifestou-se para Luzia e sua mãe melhorou de saúde. Luzia, decidiu entregar-se à Deus, e recusou o pedido de casamento de um jovem pagão. Como vingança, o jovem denunciou Luzia ao governador Pascásio. Luzia foi torturada e decapitada.

Se você anda contrariado com alguém ou com alguma coisa, você precisa da ajuda de Santa Luzia. Santa Luzia é também a Santa que protege e resolve todos os problemas relacionados com “os olhos” das pessoas. Recebeu de Nosso Senhor esta linda missão porque, como conta a tradição, por não aceitar falsos deuses, foi presa e arrancaram-lhe os olhos e, no dia seguinte ela estava com eles perfeitos.

Santa Luzia morreu no dia 13 de dezembro do ano 303.

  • Sincretismo da Santa Luzia: Não há.
  • Devoção da Santa Luzia: Protetora contra as doenças nos olhos e dos “olhos da alma”, a fé.
  • Data Comemorativa: 13 de Dezembro.

História da Santa Edwiges

Imagem da Santa Edwiges Nasceu em uma região na Europa Central chamada Silésia, entre Alemanha Oriental e Polônia, no século XVI, ano de 1174. Filha de Bertoldo de Andech, Marquês de Meran e Conde do Tirol e de Inês, filha do Conde de Rottech, família muito numerosa e dotada de grandes riquezas e poderes. Edwiges foi criada com carinho, conforto e uma boa base religiosa.

Aos seis anos foi internada no Mosteiro de Kicing, onde recebeu uma rígida educação, aprendeu as Sagradas Escrituras e foi preparada para vida.
Ao completar doze anos, seu pai arranjou-lhe um noivo chamado Henrique, Duque da Silésia, mais tarde Duque da Polônia. Seu encantamento foi grande ao conhecer sua Noiva dotada de grande beleza interior.

Seu casamento aconteceu no ano de 1186, com a presença de nobres famílias, este acontecimento marcou a época, com longas comemorações de grande estilo. No final, Edwiges parte com seu marido, tornando-se a grande Duquesa da Silésia e da Polônia.
Em seu novo lar, ela assumiu seu papel de dona de casa, e em pouco tempo conquistou todos os que estavam sobre suas ordens através da forma carinhosa de tratá-los. Transformou seu lar num grande templo de Deus, onde era respeitada e amada por todos. Aos treze anos foi mãe pela primeira vez, trazendo felicidade e luz, com o passar do tempo sua família cresceu ainda mais, ficando com o total de seis filhos. Alguns anos passaram, e por razões de rivalidades, ocorreram grandes conflitos no seio de sua família. Infelizmente por causa destas contendas a Duquesa Edwiges derramou muitas lágrimas.

Apesar de todo sofrimento ela encontrou na sua fé em Deus, forças para consolar parentes seus mais próximos. Com o passar do tempo Edwiges desapegou-se das coisas materiais e foi morar com seus amigos nas dependências do Mosteiro.
Seu marido tinha construído o Mosteiro de Trebnitz, e após sua morte, Edwiges continuou sua obra com dedicação.

Edwiges dedicou inteiramente sua vida aos pobres, doentes e aos trabalhos monásticos. Foi a personificação da humildade, amor, solidariedade, caridade e fé! Era fiel a todas as regras monásticas, mas não fez os votos religiosos! Pois queria beneficiar, pessoalmente e melhor, seus irmãos com suas riquezas.
Ela possuía virtudes de grande nobreza celestial! E as punha em prática sempre nos momentos conturbados em que conservava sua serenidade e paciência. Sua vida foi bastante austera, com penitências e jejuns. Sua vida era uma grande oração, pois seguia os exemplos dos Santos de sua Igreja. Quando Edwiges se recolhia para orar entrava num estado de graça que a fazia levitar, e certa vez foi flagrada por um Ministro de nome Boguslau que ficou deslumbrado com o quadro angelical que vira.

Sua missão na terra, com seus irmãos carentes de pão material e espiritual, consumiu inteiramente sua vida; pois ela renunciou a tudo para seguir os ensinamentos de Deus!
Certo dia Edwiges recebeu uma nobre visita de uma senhora chamada Myleísa, e passaram muito tempo a conversar. Quando chegou a hora da despedida Edwiges queria beijá-la pela última vez, pois já previa sua ida para a eternidade.
Quando se aproximava o momento de sua enfermidade, ela avisou a todos do seu convívio, chamou seu confessor Frei Mateus para ministrar o Sacramento da Unção dos Enfermos.

Foram dias de preparação para o dia de sua partida, com dias de muitas orações. Edwiges recebeu visitas de muitos Santos, foram momentos de graça e luz para todos, e finalmente no dia 15 de Outubro de 1243 ela caminhou rumo ao Pai Celestial.
Após sua morte milhares de pessoas conseguiram muitas graças por sua intercessão, e foram feitos longos estudos de sua vida e finalmente ela foi canonizada numa Missa solene no dia 15 de Outubro de 1267. Podendo ser chamada de Santa Edwiges “Protetora dos Endividados”.

  • Sincretismo da Santa Edwiges: Não há.
  • Devoção da Santa Edwiges: Protetora dos Pobres e Endividados.
  • Data Comemorativa: 16 de Outubro.

História da Santa Clara

Imagem da Santa Clara Nasceu em Assis, em 1193. Nascida em família rica, aos dezenove anos resolveu fugir de casa para se consagrar a Deus, já que seus pais eram contra tal vocação.
Na noite de 18 de março de 1212, apresentou-se na pequena igrejinha de Santa Maria dos Anjos, onde Francisco e seus frades a aguardavam. Cortaram-lhe seus lindos e longos cachos e lhe deram um grosseiro hábito de lã crua para vestir. Nessa noite, Clara fez votos de pobreza, castidade e obediência.

São Francisco a levou a um mosteiro beneditino e, mais tarde, para o paupérrimo mosteiro de São Damião, onde se abrigavam monjas da Ordem Segunda franciscana. Mais tarde, sua mãe e suas irmãs, Ortolana e Beatriz seguiram o mesmo caminho. Deu-se início então às Clarissas, que têm como princípio viver o ideal franciscano de pobreza e hoje somam cerca de 19 mil religiosas, espalhadas por todo o mundo.
Certa vez, São Francisco pediu que Clara rezasse a Deus para que ele soubesse o que mais lhe agradava: dedicar-se à oração ou à pregação.

Contam os Fioretti que um dia Francisco mandou dizer à Clara que rezasse a Deus para que ele pudesse saber o que mais agradava a Deus: dedicar-se à pregação ou à oração. Depois de muita oração, o mensageiro levou a resposta a Francisco: Tanto a frei Silvestre como a irmã Clara e sua irmã, Cristo respondeu e revelou que sua vontade é que vás pelo mundo a pregar, porque ele não te escolheu para ti somente, mais ainda para a salvação dos outros!

  • Sincretismo da Santa Clara: Não há.
  • Devoção da Santa Clara: Invocada nas provações e dificuldades da vida e também para a cura dos males da vista.
  • Data Comemorativa: 11 de Agosto.

História da Nossa Senhora de Nazaré

Imagem da Nossa Senhora de Nazaré No Pará a devoção à Virgem é também envolvida em lenda. Plácido, o precursor do culto teria encontrado a pequena imagem em madeira de Nossa Senhora de Nazaré às margem do Igarapé Murutucu, que corria pela atual travessa 14 de Março onde hoje ficam os fundos da Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. Imaginando que algum devoto da cidade de Vigia havia esquecido a imagem ali, levou-a para casa. No dia seguinte não a encontrou. Ela havia retornado ao igarapé. Nova tentativa, novo retorno da imagem ao nicho que havia escolhido. A imagem então teria sido levada para a capela do Palácio do Governo da Província, onde ficou guardada por escolta. De manhã, não havia nada na capela, a imagem havia retornado ao igarapé. Obedecendo os desejos da Virgem, à beira do igarapé foi construída uma ermida, que deu início à romaria e à devoção do povo paraense à Virgem de Nazaré.

A primeira procissão do Círio de Nossa Senhora de Nazaré saiu na tarde do dia 8 de setembro de 1793. Na noite anterior, a imagem da Santa havia sido transferida de sua ermida na Estrada do Utinga para o Palácio do Governo. Tempo mais tarde, a procissão passou a sair no segundo domingo do mes de outubro e, duzentos anos depois a procissão faz o mesmo percurso, de cerca de cinco quilômetros, saindo do Palácio do Governo, hoje Palácio Lauro Sodré, levando a Santa para o mesmo lugar onde havia a ermida e hoje ergue-se a imponente Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. A primeira procissão foi acompanhada por toda a tropa aquartelada na cidade, os cavalheiros montados em seus melhores cavalos, as damas carregadas em seges, o povo a pé em torno do carro que transportava a Santa. A imagem ia no colo do padre capelão e o próprio governador da Província, Dom Francisco de Souza Coutinho, acompanhava o cortejo trajado com uniforme de gala. Dom Francisco Coutinho, que havia organizado a homenagem à Santa, estruturou também aquela que iria ser a maior manifestação religiosa do Pará e uma das mais impressionantes demonstrações de fé religiosa dos católicos. Com o tempo a procissão sofreu algumas modificações, como a inclusão do Carro dos Milagres, que lembrava a salvação do fidalgo português Dom Fuas Roupinho, o barco que lembrava a salvação dos náufragos do brigue São João Batista, a corda que substituiu a junta de bois que puxava o carro da Santa, e o carro dos fogos, que com muito barulho precedia o cortejo religioso. Já neste século, o poeta maranhense Euclides Farias compôs o hino ” Vós Sois o Lírio Mimoso”, que se consagraria como o Hino do Círio, e hoje identifica a procissão sempre que é cantado.

O primeiro Círio mobilizou gente de toda a redondeza de Belém, principalmente em função da feira que o governador determinou que fosse instalada no terreno que circulava a ermida, para a venda de produtos regionais. Nos duzentos anos em que o Círio de Nazaré vem sendo realizado, é a cada ano maior o movimento de romeiros. Hoje calcula-se em mais de um milhão o número de pessoas que saem às ruas para celebrar a Virgem de Nazaré.

  • Sincretismo da Nossa Senhora de Nazaré: Oxun da Cobra Coral
  • Devoção da Nossa Senhora de Nazaré: Nossa Senhora de Nazaré é venerada em Belém do Pará.
  • Data Comemorativa: 2 de Fevereiro.

História da Santa Bárbara

Imagem da Santa Bárbara Santa Bárbara sofreu o martírio provavelmente no Egito ou na Antioquia, por volta dos anos 235 ou 313. Sua vida foi escrita em diversos idiomas: grego, siríaco, armênio e latim. Conforme a lenda, Santa Bárbara era uma jovem belíssima. Dióscoro, seu pai, era um pagão ciumento. A todo custo desejava resguardar a filha dos pretendentes que a queriam em casamento.
Por isso encerrou-a numa torre. Na torre havia duas janelas, mas Santa Bárbara mandou contruir uma terceira, em honra à Santíssima Trindade. Um dia, entretanto, Dióscoro viajou. Santa Bárbara se fez então batizar, atraindo a ira do próprio pai. Fugindo de seu perseguidor, os rochedos abriam-se para que ela passasse.

Descoberta e denunciada por um pastor, foi capturada pelo pai e levada perante o tribunal. Santa Bárbara foi condenada a ser exibida nua por todo o país. Deus, porém, se compadeceu de sua sorte, vestindo-a miraculosamente com um suntuoso manto. Padeceu toda sorte de suplícios: foi queimada com grandes tochas e teve os seios cortados. Foi executada pelo próprio pai, que lhe cortou a cabeça com uma espada. Logo após sua morte, um raio fulmonou seu assassino.

É por isso que Santa Bárbara é invocada, nas tempestades, contra o raio. O seu culto espalhou-se rapidamente pelo Oriente e pelo Ocidente, inclusive no Brasil.

  • Sincretismo da Santa Bárbara: Yansan ou Oyá
  • Devoção da Santa Bárbara: Protetora contra raios e tempestades. Santa Bárbara é também venerada pelos militares.
  • Data Comemorativa: 4 de Dezembro.

História da Nossa Senhora da Glória

Imagem da Nossa Senhora da Glória Maria aparece pela ultima vez nos escritos do Novo Testamento no primeiro capítulo nos Atos dos Apóstolos: ela está no meio dos apóstolos, em oração no cenáculo, aguardando a descida do Espírito Santo. Esta celebração foi decretada no Oriente no séc. VII, com um decreto do imperador bizantino Maurício. No mesmo século a festa da Dormitio ( significa passagem para outra vida) foi introduzida também em Roma por um papa oriental, Sérgio I. Mas passou-se um século antes que o termo dormítio cedesse o lugar àquele mais explícito de Assunção.

A definição dogmática, pronunciada por Pio XII em 1950, declarando que Maria não precisou aguardar, como as outras criaturas, o fim dos tempos, para obter a ressurreição corpória, quis pôr em evidência o caráter único da sua santificação pessoal, pois o pecado nunca ofuscou, nem por um instante, o brilho de sua alma. A união definitiva, espiritual e corporal do homem com Cristo glorioso, é a fase final e eterna da redenção. Assim os santos, que já tem a visão beatífica, estão se certo modo aguardando a plenitude final da redenção, que em Maria já havia acontecido com a singular graça da preservação do pecado.

Jesus e Maria estão realmente associados na dor e no amor para espiarem a culpa dos nossos progenitores. Maria é portanto não só a Mãe do Redentor, mas também a sua cooperadora, a ele intimamente unida na luta e na decisiva vitória. Essa íntima união requer que também Maria triunfe, como Jesus, não somente sobre o pecado mas também sobre a morte, os dois inimigos do gênero humano. Como a redenção de Cristo tem a sua conclusão com a ressurreição do corpo, também a vitória de Maria sobre o pecado, com a Imaculada Conceição, devia ser completa com a vitória sobre a morte mediante a glorificação do corpo, com a Assunção, pois a plenitude da salvação cristã é na participação do corpo na glória celeste.

  • Sincretismo da Nossa Senhora da Glória: Yemanjá
  • Devoção da Nossa Senhora da Glória: Ela é gloriosamente recebida no céu, após sua dormição, tornando-se Rainha do céu e da terra.
  • Data Comemorativa: 15 de Agosto.

História da Nossa Senhora de Fátima

Imagem da Nossa Senhora de Fátima Em plena primeira guerra mundial, três pastorinhos portugueses de nome Lúcia,de dez anos, Francisco, de nove anos e Jacinta, de sete anos, presenciaram uma aparição que seria testemunha da presença divina em nosso mundo.

A Senhora marcou um encontro com essas crianças para o dia 13 de todo mês, para realizar as suas aparições em um campo de nome Cova da Iria. Lúcia, a mais velha, pediu segredo, mas os mais novos não conseguiram guardá-lo. Contaram a outras pessoas o fato extraordinário e no dia 13 de junho os pastorinhos já não estavam sozinhos. Em 13 de julho, por ocasião da terceira aparição, Nossa Senhora prometeu um milagre para que o povo acreditasse nas três crianças. Mas a 13 de agosto, os três videntes, fechados no cárcere, não puderam ir à Cova da Iria.

Em 13 de outubro, uma multidão de 70 mil pessoas lotavam o local das aparições e testemunharam o sol mover-se entre chamas multicores, como se fosse se destacar do firmamento. E deixou sua mensagem ao mundo: “Rezem o terço todos os dias; rezem muito e façam sacrifícios pelos pobres pecadores; são muitos os que vão para o inferno por não haver quem se preocupe em rezar e fazer sacrifícios por eles. A guerra logo vai acabar, mas se não pararem de ofender ao Senhor, não passará muito tempo para vir outra pior. Abandonem o pecado de suas próprias vidas e procurem eliminá-lo da vida dos outros, colaborando com a Redenção do Salvador”. Em 1946 a estátua de Nossa Senhora de Fátima foi coroada diante de uma multidão de 800.000 pessoas. A 13 de maio de 1967, por ocasião do cinqüentenário das aparições, o papa Paulo VI foi a Fátima onde se encontrou com a vidente Lúcia.

  • Sincretismo da Nossa Senhora de Fátima: Não há.
  • Devoção da Nossa Senhora de Fátima: Padroeira de dois pequenos países da América do Sul: Guiana e Suriname.
  • Data Comemorativa: 13 de Maio.

História da Nossa Senhora Aparecida

Imagem da Nossa Senhora Aparecida O rio Paraíba, que nasce em São Paulo e deságua no litoral fluminense, era limpo e piscoso em 1717, quando os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves resgataram a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida de suas águas. Encarregados de garantir o almoço do conde de Assumar, então governador da província de São Paulo, que visitava a Vila de Guaratinguetá, eles subiam o rio e lançavam as redes sem muito sucesso próximo ao porto de Itaguaçu, até que recolheram o corpo da imagem. Na segunda tentativa, trouxeram a cabeça e, a partir desse momento, os peixes pareciam brotar ao redor do barco.

Durante 15 anos, Pedroso ficou com a imagem em sua casa, onde recebia várias pessoas para rezas e novenas. Mais tarde, a família construiu um oratório para a imagem, até que em 1735, o vigário de Guaratinguetá erigiu uma capela no alto do Morro dos Coqueiros. Como o número de fiéis fosse cada vez maior, teve início em 1834 a construção da chamada Basílica Velha. O ano de 1928 marcou a passagem do povoado nascido ao redor do Morro dos Coqueiros a município e, um ano depois, o papa Pio XI proclamava a santa como Rainha do Brasil e sua padroeira oficial.

A necessidade de um local maior para os romeiros era inevitável e em 1955 teve início a construção da Basílica Nova, que em tamanho só perde para a de São Pedro, no Vaticano. O arquiteto Benedito Calixto idealizou um edifício em forma de cruz grega, com 173m de comprimento por 168m de largura; as naves com 40m e a cúpula com 70m de altura, capaz de abrigar 45 mil pessoas. Os 272 mil metros quadrados de estacionamento comportam 4 mil ônibus e 6 mil carros. Tudo isso para atender cerca de 7 milhões de romeiros por ano.

  • Sincretismo da Nossa Senhora Aparecida: Oxum
  • Devoção da Nossa Senhora Aparecida: Padroeira do Brasil.
  • Data Comemorativa: 12 de Outubro.

História da Menina Izildinha

Menina Izildinha Maria Izilda de Castro Ribeiro morreu de leucemia em 1911, com 13 anos de idade, na cidade portuguesa de Guimarães. O mito começou a consolidar-se em 1950, quando um dos irmãos de Izildinha, Constantino de Castro Ribeiro, resolveu vir para o Brasil. Na mudança, trouxe o corpo de sua irmã. A exumação produziu espanto. Conta a lenda que, quase 40 anos depois da morte, o corpo de Izildinha estava intacto, coberto de flores ainda viçosas.

Ao chegar no Brasil, ele se instalou na cidade de São Paulo, onde o culto teve início. O túmulo tornou-se ponto de peregrinação e centenas de graças lhe foram atribuídas. Constantino, era o irmão da “santa”, e obteve muito lucro com a veneração. Em 1958, já se tornara um negociante, com título de comendador. Apartir daí resolveu transferir Izildinha para Monte Alto. Planejava abrir nesta cidade uma indústria de alimentos. A cidade recebeu-o com entusiasmo. Com o dinheiro arrecadado no lugar, ergueu-se um mausoléu. A comunidade portuguesa da região foi além: doou a Constantino terrenos para sua indústria. O culto a Izildinha se expandiu.

Na década de 60, o mito tornou-se alvo de disputa judicial. Depois de se desfazer da fábrica em Monte Alto, Constantino tentou remover a santinha da cidade. Queria trazê-la de volta para São Paulo. O impasse foi resolvido em 6 de maio de 1964, pelo Tribunal de Alçada. O corpo foi incorporado ao patrimônio de Monte Alto. Magoado, o comendador nunca mais voltou à cidade. Ele está enterrado no cemitério São Paulo, no jazigo que mandara construir especialmente para a irmã famosa.

Izildinha não é reconhecida pela Igreja, nem os devotos parecem preocupados com isso. O mausoléu não atrai as multidões dos anos 60, mas ainda fica repleto em meados de junho, quando se comemora o aniversário da menina. Os restos mortais repousam num caixão de chumbo e não podem ser admirados. Mas a lenda do corpo intacto resiste. Luís Antônio Guimarães, ex-administrador do mausoléu, conta que abriu o caixão há dez anos para executar alguns reparos. “O corpo continua lá, perfeito”, garante, com olhos de assombro.

  • Sincretismo da Menina Izildinha: Não há.
  • Devoção da Menina Izildinha: Culto Popular.
  • Data Comemorativa: 3 de Setembro.

História da Nossa Senhora Desatadora dos Nós

Imagem da Nossa Senhora Desatadora dos Nós Nossa Senhora Desatadora dos Nós é apenas um entre os 2.000 títulos de Maria. Ela nasceu na Alemanha, em 1700, como Maria Knotenlöserin (do alemão knot, “nó”, e löser, “desatar”). Na época, o presbítero da capela de St. Peter Am Perlach, na cidade de Augsburg, encomendou ao pintor Johann Schmittdner um quadro de Nossa Senhora. Para compor o painel foi buscar inspiração nos dizeres de Santo Irineu, Bispo de Lyon, no Século III: “Eva atou o nó da desgraça para o gênero humano; Maria por sua obediência o desatou”.

Maria é representada como a Imaculada Conceição e encontra-se entre o céu e a terra. O Espírito Santo derrama sua luzes sobre a Virgem. Em sua cabeça vemos 12 estrelas. Um dos anjos entrega-lhe uma faixa com nós grandes e pequenos, separados e juntos. Estes nós simbolizam o pecado original e nossos pecados cotidianos, que impedem de a graça frutificar em nossas vidas. Na parte inferior do quadro vemos que a faixa cai livremente e que um nó está desatado. Há um anjo, um homem e um cachorro que dirigem-se à uma igreja. Parece ser uma referência ao livro de Tobias (6,13) onde este empreende uma longa e penosa viagem quando conhece Sara que já casara sete vezes e que na noite de núpcias seus maridos morriam devido a um demônio que dela se enamorara. Tobias casa-se com ela e volta à casa de seu pai. Isto significa que há de se desatar primeiro os nós para que dois corações venham se encontrar.

Assim, Nossa Senhora Desatadora dos Nós é invocada como aquela que nos ajuda a tirar todos os males de aflições que nos escravizam e nos tornam infelizes e pessimistas, dando-nos a verdadeira liberdade que só seu Filho Nosso Senhor Jesus Cristo pode nos dar.

A pintura não demorou a se tornar objeto de culto dentro dos limites de Augsburg e depois se espalhando pelo mundo.

Uma cópia desta pintura é venerada em Buenos Aires, Argentina, para onde foi levada pelo bispo Dom Bergoglio. Maria é representada como a Imaculada Conceição.

  • Sincretismo da N. Sra. Desatadora dos Nós: Não há.
  • Devoção da N. Sra. Desatadora dos Nós: Invocada em casos de desespero e necessidades (saúde, emprego, Reconciliação conjugal, dívidas, ETC).
  • Data Comemorativa: 15 de Agosto.