Salmo 50: A essência do culto a Deus

Salmo de Asafe

  1. Fala o Poderoso, o SENHOR Deus, e chama a terra desde o Levante até ao Poente.
  2. Desde Sião, excelência de formosura, resplandece Deus.
  3. Vem o nosso Deus e não guarda silêncio; perante ele arde um fogo devorador, ao seu redor esbraveja grande tormenta.
  4. Intima os céus lá em cima e a terra, para julgar o seu povo.
  5. Congregai os meus santos, os que comigo fizeram aliança por meio de sacrifícios.
  6. Os céus anunciam a sua justiça, porque é o próprio Deus que julga.
  7. Escuta, povo meu, e eu falarei; ó Israel, e eu testemunharei contra ti. Eu sou Deus, o teu Deus.
  8. Não te repreendo pelos teus sacrifícios, nem pelos teus holocaustos continuamente perante mim.
  9. De tua casa não aceitarei novilhos, nem bodes, dos teus apriscos.
  10. Pois são meus todos os animais do bosque e as alimárias aos milhares sobre as montanhas.
  11. Conheço todas as aves dos montes, e são meus todos os animais que pululam no campo.
  12. Se eu tivesse fome, não to diria, pois o mundo é meu e quanto nele se contém.
  13. Acaso, como eu carne de touros? Ou bebo sangue de cabritos?
  14. Oferece a Deus sacrifício de ações de graças e cumpre os teus votos para com o Altíssimo;
  15. invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.
  16. Mas ao ímpio diz Deus: De que te serve repetires os meus preceitos e teres nos lábios a minha aliança,
  17. uma vez que aborreces a disciplina e rejeitas as minhas palavras?
  18. Se vês um ladrão, tu te comprazes nele e aos adúlteros te associas.
  19. Soltas a boca para o mal, e a tua língua trama enganos.
  20. Sentas-te para falar contra teu irmão e difamas o filho de tua mãe.
  21. Tens feito estas coisas, e eu me calei; pensavas que eu era teu igual; mas eu te argüirei e porei tudo à tua vista.
  22. Considerai, pois, nisto, vós que vos esqueceis de Deus, para que não vos despedace, sem haver quem vos livre.
  23. O que me oferece sacrifício de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus.

Oração de pedido a Santa Menina Izildinha

Ó querida Menina Izildinha! Vós sofrestes tanto e morreste tão nova! e passados 7 anos, seu corpo não havia se deteriorado. Isso prova algo de milagroso de Vós.

Eu acredito na vossa veracidade e me prosto a vossos pés (Fazer o pedido).

Tenho fé em você e acredito que não tardarás em me atender. Menina Izildinha, me atende: (Repetir o pedido).

Amém.

(Rezar um Pai Nosso e uma Ave Maria).

Provérbio: A justiça e o juízo divino

  1. Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR; este, segundo o seu querer, o inclina.
  2. Todo caminho do homem é reto aos seus próprios olhos, mas o SENHOR sonda os corações.
  3. Exercitar justiça e juízo é mais aceitável ao SENHOR do que sacrifício.
  4. Olhar altivo e coração orgulhoso, a lâmpada dos perversos, são pecado.
  5. Os planos do diligente tendem à abundância, mas a pressa excessiva, à pobreza.
  6. Trabalhar por adquirir tesouro com língua falsa é vaidade e laço mortal.
  7. A violência dos perversos os arrebata, porque recusam praticar a justiça.
  8. Tortuoso é o caminho do homem carregado de culpa, mas reto, o proceder do honesto.
  9. Melhor é morar no canto do eirado do que junto com a mulher rixosa na mesma casa.
  10. A alma do perverso deseja o mal; nem o seu vizinho recebe dele compaixão.
  11. Quando o escarnecedor é castigado, o simples se torna sábio; e, quando o sábio é instruído, recebe o conhecimento.
  12. O Justo considera a casa dos perversos e os arrasta para o mal.
  13. O que tapa o ouvido ao clamor do pobre também clamará e não será ouvido.
  14. O presente que se dá em segredo abate a ira, e a dádiva em sigilo, uma forte indignação.
  15. Praticar a justiça é alegria para o justo, mas espanto, para os que praticam a iniqüidade.
  16. O homem que se desvia do caminho do entendimento na congregação dos mortos repousará.
  17. Quem ama os prazeres empobrecerá, quem ama o vinho e o azeite jamais enriquecerá.
  18. O perverso serve de resgate para o justo; e, para os retos, o pérfido.
  19. Melhor é morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa e iracunda.
  20. Tesouro desejável e azeite há na casa do sábio, mas o homem insensato os desperdiça.
  21. O que segue a justiça e a bondade achará a vida, a justiça e a honra.
  22. O sábio escala a cidade dos valentes e derriba a fortaleza em que ela confia.
  23. O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias.
  24. Quanto ao soberbo e presumido, zombador é seu nome; procede com indignação e arrogância.
  25. O preguiçoso morre desejando, porque as suas mãos recusam trabalhar.
  26. O cobiçoso cobiça todo o dia, mas o justo dá e nada retém.
  27. O sacrifício dos perversos já é abominação; quanto mais oferecendo-o com intenção maligna!
  28. A testemunha falsa perecerá, mas a auricular falará sem ser contestada.
  29. O homem perverso mostra dureza no rosto, mas o reto considera o seu caminho.
  30. Não há sabedoria, nem inteligência, nem mesmo conselho contra o SENHOR.
  31. O cavalo prepara-se para o dia da batalha, mas a vitória vem do SENHOR.

Provérbio: O pecado da preguiça

  1. O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio.
  2. Como o bramido do leão, é o terror do rei; o que lhe provoca a ira peca contra a sua própria vida.
  3. Honroso é para o homem o desviar-se de contendas, mas todo insensato se mete em rixas.
  4. O preguiçoso não lavra por causa do inverno, pelo que, na sega, procura e nada encontra.
  5. Como águas profundas, são os propósitos do coração do homem, mas o homem de inteligência sabe descobri-los.
  6. Muitos proclamam a sua própria benignidade; mas o homem fidedigno, quem o achará?
  7. O justo anda na sua integridade; felizes lhe são os filhos depois dele.
  8. Assentando-se o rei no trono do juízo, com os seus olhos dissipa todo mal.
  9. Quem pode dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou do meu pecado?
  10. Dois pesos e duas medidas, uns e outras são abomináveis ao SENHOR.
  11. Até a criança se dá a conhecer pelas suas ações, se o que faz é puro e reto.
  12. O ouvido que ouve e o olho que vê, o SENHOR os fez, tanto um como o outro.
  13. Não ames o sono, para que não empobreças; abre os olhos e te fartarás do teu próprio pão.
  14. Nada vale, nada vale, diz o comprador, mas, indo-se, então, se gaba.
  15. Há ouro e abundância de pérolas, mas os lábios instruídos são jóia preciosa.
  16. Tome-se a roupa àquele que fica fiador por outrem; e, por penhor, àquele que se obriga por estrangeiros.
  17. Suave é ao homem o pão ganho por fraude, mas, depois, a sua boca se encherá de pedrinhas de areia.
  18. Os planos mediante os conselhos têm bom êxito; faze a guerra com prudência.
  19. O mexeriqueiro revela o segredo; portanto, não te metas com quem muito abre os lábios.
  20. A quem amaldiçoa a seu pai ou a sua mãe, apagar-se-lhe-á a lâmpada nas mais densas trevas.
  21. A posse antecipada de uma herança no fim não será abençoada.
  22. Não digas: Vingar-me-ei do mal; espera pelo SENHOR, e ele te livrará.
  23. Dois pesos são coisa abominável ao SENHOR, e balança enganosa não é boa.
  24. Os passos do homem são dirigidos pelo SENHOR; como, pois, poderá o homem entender o seu caminho?
  25. Laço é para o homem o dizer precipitadamente: É santo! E só refletir depois de fazer o voto.
  26. O rei sábio joeira os perversos e faz passar sobre eles a roda.
  27. O espírito do homem é a lâmpada do SENHOR, a qual esquadrinha todo o mais íntimo do corpo.
  28. Amor e fidelidade preservam o rei, e com benignidade sustém ele o seu trono.
  29. O ornato dos jovens é a sua força, e a beleza dos velhos, as suas cãs.
  30. Os vergões das feridas purificam do mal, e os açoites, o mais íntimo do corpo.

História da Santa Ana

Imagem da Santa Ana Na Sagrada Escritura conta-se que a mãe de Samuel, Ana, na aflição da esterelidade que lhe tirava o privilégio da maternidade, dirigiu-se com fervorosa oração ao Senhor e fez promessa de consagrar ao serviço de Deus o futuro filho. Obtida a graça, após ter dado à luz o pequeno Samuel, levou-o a Silo, onde estava guardada a arca da aliança e o confiou ao sacerdote Eli, após tê-lo oferecido ao Senhor. Tomando isso como ponto de partida o Proto-evangelho de Tiago, apócrifo do século segundo, traça a história de Joaquim e Ana, pais da Bem-aventurada Virgem Maria. A piedosa esposa de Joaquim, após longa esterelidade obteve do Senhor o nascimento de Maria, que aos três anos levou ao Templo, deixando-a ao serviço divino, cumprindo o voto feito.

O fundamento histórico provável, embora na discordante literatura apócrifa, é de algum modo revestido de elementos secundários, copiados da história da mãe de Samuel. Faltando no Evangelho qualquer menção dos pais de Nossa Senhora, não há outra fonte senão os apócrifos, nos quais não é impossivel encontrar, entre os predominantes elementos fantásticos, alguma informação autêntica, recolhida por antigas tradições orais. O culto para com os santos pais da Bem-aventurada Virgem é muito antigo, sobre os gregos sobretudo. No Oriente venerava-se santa Ana no século VI, e tal devoção estendeu-se lentamente por todo o Ocidente a partir do século X até atingir o seu máximo desenvolvimento no século XV. Em 1584 foi instituida a festividade de santa Ana, enquanto são Joaquim era deixado discretamente de lado, talvez pela própria discordância sobre o seu nome que se revela em outros escritos apócrifos, posteriores ao Proto-evangelho de Tiago.

Além do nome de Joaquim, ao pai da Virgem Santíssima é dado o nome de Cléofas, de Sadoc e de Eli. Os dois santos eram comemorados separadamente: santa Ana a 25 de Julho pelos gregos e no dia seguinte pelos latinos. Em 1584 também são Joaquim achou espaço no calendário litúrgico, primeiro a 20 de março, para passar ao domingo da oitava Assunção em 1738, em seguida a 16 de agosto em 1913 e depois reunir-se com a santa esposa no novo calendário litúrgico, no dia 26 de julho. “Pelos frutos conhecereis a árvore,” disse Jesus no Evangelho. Nós conhecemos a flor e o fruto suavíssimo vindo da velha planta: A Virgem Imaculada, isenta do pecado de origem desde o primeiro instante de sua concepção, por um privilégio único, para ser depois o tabernáculo vivo do Deus feito homem. Pela santidade do fruto, Maria, deduzimos a santidade dos pais, Ana e Joaquim.

  • Sincretismo da Santa Ana: Nãnã
  • Devoção da Santa Ana: Padroeira dos avós.
  • Data Comemorativa: 26 de Julho.

Salmo 49: A vaidade do homem

Ao mestre de canto. Salmo dos filhos de Corá.

  1. Povos todos, escutai isto; dai ouvidos, moradores todos da terra,
  2. tanto plebeus como os de fina estirpe, todos juntamente, ricos e pobres.
  3. Os meus lábios falarão sabedoria, e o meu coração terá pensamentos judiciosos.
  4. Inclinarei os ouvidos a uma parábola, decifrarei o meu enigma ao som da harpa.
  5. Por que hei de eu temer nos dias da tribulação, quando me salteia a iniqüidade dos que me perseguem,
  6. dos que confiam nos seus bens e na sua muita riqueza se gloriam?
  7. Ao irmão, verdadeiramente, ninguém o pode remir, nem pagar por ele a Deus o seu resgate
  8. (Pois a redenção da alma deles é caríssima, e cessará a tentativa para sempre.),
  9. para que continue a viver perpetuamente e não veja a cova;
  10. porquanto vê-se morrerem os sábios e perecerem tanto o estulto como o inepto, os quais deixam a outros as suas riquezas.
  11. O seu pensamento íntimo é que as suas casas serão perpétuas e, as suas moradas, para todas as gerações; chegam a dar seu próprio nome às suas terras.
  12. Todavia, o homem não permanece em sua ostentação; é, antes, como os animais, que perecem.
  13. Tal proceder é estultícia deles; assim mesmo os seus seguidores aplaudem o que eles dizem.
  14. Como ovelhas são postos na sepultura; a morte é o seu pastor; eles descem diretamente para a cova, onde a sua formosura se consome; a sepultura é o lugar em que habitam.
  15. Mas Deus remirá a minha alma do poder da morte, pois ele me tomará para si.
  16. Não temas, quando alguém se enriquecer, quando avultar a glória de sua casa;
  17. pois, em morrendo, nada levará consigo, a sua glória não o acompanhará.
  18. Ainda que durante a vida ele se tenha lisonjeado, e ainda que o louvem quando faz o bem a si mesmo,
  19. irá ter com a geração de seus pais, os quais já não verão a luz.
  20. O homem, revestido de honrarias, mas sem entendimento, é, antes, como os animais, que perecem.

Salmo 48: A cidade de Deus

Cântico. Salmo dos filhos de Corá.

  1. Grande é o SENHOR e mui digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus.
  2. Seu santo monte, belo e sobranceiro, é a alegria de toda a terra; o monte Sião, para os lados do Norte, a cidade do grande Rei.
  3. Nos palácios dela, Deus se faz conhecer como alto refúgio.
  4. Por isso, eis que os reis se coligaram e juntos sumiram-se;
  5. bastou-lhes vê-lo, e se espantaram, tomaram-se de assombro e fugiram apressados.
  6. O terror ali os venceu, e sentiram dores como de parturiente.
  7. Com vento oriental destruíste as naus de Társis.
  8. Como temos ouvido dizer, assim o vimos na cidade do SENHOR dos Exércitos, na cidade do nosso Deus. Deus a estabelece para sempre.
  9. Pensamos, ó Deus, na tua misericórdia no meio do teu templo.
  10. Como o teu nome, ó Deus, assim o teu louvor se estende até aos confins da terra; a tua destra está cheia de justiça.
  11. Alegre-se o monte Sião, exultem as filhas de Judá, por causa dos teus juízos.
  12. Percorrei a Sião, rodeai-a toda, contai-lhe as torres;
  13. notai bem os seus baluartes, observai os seus palácios, para narrardes às gerações vindouras
  14. que este é Deus, o nosso Deus para todo o sempre; ele será nosso guia até à morte.

Provérbio: O pobre e o tolo

  1. Melhor é o pobre que anda na sua integridade do que o perverso de lábios e tolo.
  2. Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado.
  3. A estultícia do homem perverte o seu caminho, mas é contra o SENHOR que o seu coração se ira.
  4. As riquezas multiplicam os amigos; mas, ao pobre, o seu próprio amigo o deixa.
  5. A falsa testemunha não fica impune, e o que profere mentiras não escapa.
  6. Ao generoso, muitos o adulam, e todos são amigos do que dá presentes.
  7. Se os irmãos do pobre o aborrecem, quanto mais se afastarão dele os seus amigos! Corre após eles com súplicas, mas não os alcança.
  8. O que adquire entendimento ama a sua alma; o que conserva a inteligência acha o bem.
  9. A falsa testemunha não fica impune, e o que profere mentiras perece.
  10. Ao insensato não convém a vida regalada, quanto menos ao escravo dominar os príncipes!
  11. A discrição do homem o torna longânimo, e sua glória é perdoar as injúrias.
  12. Como o bramido do leão, assim é a indignação do rei; mas seu favor é como o orvalho sobre a erva.
  13. O filho insensato é a desgraça do pai, e um gotejar contínuo, as contenções da esposa.
  14. A casa e os bens vêm como herança dos pais; mas do SENHOR, a esposa prudente.
  15. A preguiça faz cair em profundo sono, e o ocioso vem a padecer fome.
  16. O que guarda o mandamento guarda a sua alma; mas o que despreza os seus caminhos, esse morre.
  17. Quem se compadece do pobre ao SENHOR empresta, e este lhe paga o seu benefício.
  18. Castiga a teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo.
  19. Homem de grande ira tem de sofrer o dano; porque, se tu o livrares, virás ainda a fazê-lo de novo.
  20. Ouve o conselho e recebe a instrução, para que sejas sábio nos teus dias por vir.
  21. Muitos propósitos há no coração do homem, mas o desígnio do SENHOR permanecerá.
  22. O que torna agradável o homem é a sua misericórdia; o pobre é preferível ao mentiroso.
  23. O temor do SENHOR conduz à vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e mal nenhum o visitará.
  24. O preguiçoso mete a mão no prato e não quer ter o trabalho de a levar à boca.
  25. Quando ferires ao escarnecedor, o simples aprenderá a prudência; repreende ao sábio, e crescerá em conhecimento.
  26. O que maltrata a seu pai ou manda embora a sua mãe filho é que envergonha e desonra.
  27. Filho meu, se deixas de ouvir a instrução, desviar-te-ás das palavras do conhecimento.
  28. A testemunha de Belial escarnece da justiça, e a boca dos perversos devora a iniqüidade.
  29. Preparados estão os juízos para os escarnecedores e os açoites, para as costas dos insensatos.

História da Santa Rita de Cássia

Imagem de Santa Rita de Cássia Santa Rita de Cássia ou Santa dos Impossíveis, como é geralmente conhecida a grande advogada dos aflitos, nasceu em Rocca Porena, a uma légua de Cássia (Itália), aos 22 de maio de 1381, tendo por Antônio Mancini e Amada Ferri.

O Nascimento da Santa foi precedido por sinais maravilhosos e visões celestiais que fizeram seus pais perceberem algo da futura e providencial missão de Rita, que seria colocada no mundo para instrumento da miserircórdia de Deus em favor da humanidade sofredora. Seus biógrafos igualmente falam de mansas abelhinhas que lhe visitavam com freqüência o berço, chegando mesmo a fabricarem em seus lábios um pequeno favo de mel, sem que disto lhe viesse mal algum; feliz prenúncio da admirável mansidão que é uma das características de nossa Santa.

Desde a primeira idade acaletava Rita o desejo de se consagrar exclusivamente a Deus, pelos santos votos de Religião, mas a Providência divina tem seus desígnios misteriosos sobre a Santa que é levada por seus pais a abraçar o estado matrimonial. Aos 16 anos, aproximadamente, desposa o jovem Paulo Ferdinando, de gênio leviano e excessivamente violento, e que lhe vai amargurar os primeiros anos dos dezoito que se presume haver levado em matrimônio.

A futura protetora dos aflitos deveria ser também modelo da mulher cristã, da esposa fiel, dedicada e forte porque deve advir a conversão para o esposo, mesmo que este lhe seja infiel… A Santa soube sofrer com paciência todas as contradições, e pela oração, espírito de brandura e penitência , conseguiu ver triunfar a causa de Deus e brilhar o sol da caridade que tantas bençãos atrai para o lar santificado pelo sacramento do Matrimônio, porquanto Paulo não tardou a trilhar o bom caminho.

Viúva pelo bárbaro assassinato do esposo, empregou a Santa sua viuvez em obras de caridade e na educação de seus 2 filhos gêmeos, os quais, no entanto, viu morrer mui prematuramente aos 14 anos de idade. Particularmente é de notar a grande caridade de Rita ao perdoar com extremos de generosidade os assassinos de seu desventurado esposo.

Livre dos laços que a prendiam ao mundo, Rita deseja realizar os santos propósitos da juventude, mas quantas dificuldades não seria necessário vencer!… A condição de viúva e outros escolhos tornavam infrutíferas suas tentativas e, por mais de uma vez, viu que se lhe fechavam as portas do Convento. Destinada para ser a grande advogada das causas difíceis, a Santa deveria enfrentar muitas dificuldades; redobra então as orações e penitências, armas com que conquistaria a vitória almejada. Seus santos Patronos, São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino alcançam-lhe de Deus a graça por que tanto suspirava e fazem-na entrar milagrosamente no Convento das Agostinianas de Cássia, alta hora da madrugada, contando Santa Rita 36 anos de idade.

A vida religiosa foi para Santa Rita ocasião de novos e gigantescos acréscimos de virtude e contínua ascensão para Deus. Levara uma vida eminentemente penitente; a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e as dores da Santíssima Virgem eram objetos contínuo dos enlevos de seu coração, e quantas graças de santificação pessoal, de conversão para os pecadores e alívio para as benditas almas do Purgatório não lhe concederia o Esposo divino!…

Os pecadores e as santas almas merecem sempre as melhores atenções de Santa Rita.
A vida santa que levava quando ainda estava no século e a entrada maravilhosa no Convento haviam despertado primeiro ano de vida religiosa é logo assinalado por outro fato que veio confirmar e realçar ainda mais a alta santidade da humildade Agostiniana; um sarmento seco de videira, que por obediência e humildade a Santa deveria regar todos os dias, transforma-se em planta viva e, ainda hoje, pode ser admirado no Convento de Cássia produzindo frutos saborosos com o nome de Videira de Santa Rita.

Não ficariam nestas as distinções do Nosso Senhor para com a fiel devota de sua Paixão. Pelo ano de 1442, estando a Santa em oração diante da imagem de Jesus Crucificado, recebe um Espírito da dolorosa Coroa do Salvador, o qual deixou aberto e visível a todos uma chaga que não se fechou senão com a morte da Santa, excetuando-se o período do Ano Santo de 1450, quando para poder ir lucrar em Roma o Jubileu, alcançou de Nosso Senhor se lhe fechasse temporariamente a chaga, muito embora continuasse a sofrer as mesmas e cruciantes dores.

Esta ferida era de tal modo fétida, que a obrigou a retirar-se do seio da Comunidade, não sem grandes motivos de humilhação, que a Santa Rita soube aproveitar para mais se unir a Deus e redobrar as penitências.

Quantas lições não nos oferece essa vida tão santa e ao mesmo tempo tão sofredora!… Realmente o sofrimento é uma escola de perfeição e união com Deus; Nosso Senhor Jesus Cristo mesmo insinua está verdade quando afirma que, se alguém quer ser seu dicípulo, tome a cruz da penitência e da renúncia das paixões e, então, O siga…

A vida de Santa Rita é uma formal reprovação da vida frouxa e dissipada de muitos que se dizem cristãos, mas que desprezam a Cruz de Nosso Senhor…

Igualmente falam-nos os biógrafos de rigorosos jejuns da Santa. Muitas e muitas vezes e durante dias e dias permanecia Santa Rita sem outro alimento que não a Sagrada Comunhão, particularmente nos últimos quatro anos de sua preciosa existência. Esse período da vida da Santa assinala-se por muitos fatos extraordinários. Uma doença misteriosa invade o seu corpo já tão macerado por duras penitências. Multiplicaram-se as graças de conversões; são luzes e confortos que a Santa distribui em profusão aos que a procuram…

Nesse tempo é que se realiza o milagre das rosas e figos, tão conhecido dos devotos de Santa Rita. A Santa passava por uma das grandes provações quando foi visitar uma de suas parentes a quem a santa enferma pediu que lhe trouxesse algumas rosas de seu antigo jardim de Rocca Porena.

Estavam em pleno inverno, fora de estação própria, mas qual não foi a admiração da senhora ao chegar em casa, por ver algumas das roseiras que outrora pertenceram à Santa, todas floridas, e carregadas de sazonados frutos a velha figueira do pomar. Essas rosas e esses figos foram remetidos à Santa que muito se confortou, vendo nesse fato uma prova das delicadezas de Nosso Senhor para com seus sofrimentos.

Tais prodígios mostram-nos quão agradável foi a Deus o peregrinar de nossa Santa aqui na terra, e as bênçãos e graças de escol, que Santa Rita continua a dispensar aos seus devotos, falam bem claramente de como ela sabe aplicar em favor dos que sofrem seus méritos inconfundíveis.

Verdadeiramente é Santa Rita a Advogada dos aflitos, ou, como geralmente é conhecida, a Santa dos Impossíveis… Explicam esses fatos o piedoso costume de enfeitarem a imagem da Santa, particularmente no dia de sua Festa, com rosas, figos, cachos de uvas e abelhas. A Santa Igreja mesma parece querer perpetuar o milagre das rosas, aprovando a Bênção das Rosas que se faz no dia da Festa ou no dia 22 de cada mês, para alívio dos enfermos.

Finalmente, com 78 anos de idade e 40 de vida religiosa, faleceu Santa Rita em Cássia, no velho Convento das Agostinianas, no dia 22 de maio de 1457, recreada com visões celestiais e depois de ter recebido com muita piedade os últimos Sacramentos.
A fama de santa que já gozava em vida aumentou ainda mais depois de seu piedoso trânsito, confirmando-se por novos milagres que Deus Nosso Senhor operava por intercessão de sua fiel serva.

Documentos de 1485 falam já de seu culto conhecido e Propagado em toda a Diocese de Espoleto a que pertencia Cássia. Em 1628, o Papa Urbano VIII autorizava o culto de Beata para toda a Ordem Agostiniana, um ano antes aprovado para a Diocese de Espoleto e, entre os motivos, apresenta o fato de existir em Cássia, desde 1577, uma igreja em honra da Bem-aventurada Rita. Em 1655, também Roma dedica uma igreja à memória da Beata.

A Canonização da Santa deu-se a 24 de maio de 1900, pelo imortal Pontífice Leão XIII.

  • Sincretismo da Santa Rita de Cássia: Não há.
  • Devoção da Santa Rita de Cássia: Invocada em casos impossíveis e desesperados.
  • Data Comemorativa: 22 de Maio.

Salmo 47: Deus, o Rei da terra

Ao mestre de canto. Salmo dos filhos de Corá.

  1. Batei palmas, todos os povos; celebrai a Deus com vozes de júbilo.
  2. Pois o SENHOR Altíssimo é tremendo, é o grande rei de toda a terra.
  3. Ele nos submeteu os povos e pôs sob os nossos pés as nações.
  4. Escolheu-nos a nossa herança, a glória de Jacó, a quem ele ama.
  5. Subiu Deus por entre aclamações, o SENHOR, ao som de trombeta.
  6. Salmodiai a Deus, cantai louvores; salmodiai ao nosso Rei, cantai louvores.
  7. Deus é o Rei de toda a terra; salmodiai com harmonioso cântico.
  8. Deus reina sobre as nações; Deus se assenta no seu santo trono.
  9. Os príncipes dos povos se reúnem, o povo do Deus de Abraão, porque a Deus pertencem os escudos da terra; ele se exaltou gloriosamente.